Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > Grêmios > Grêmios > Grêmio da Cavalaria
Início do conteúdo da página

GRÊMIO DA CAVALARIA

“SER DE CAVALARIA – é mais do que um privilégio. É principalmente, uma pesada responsabilidade. Quem não souber medir a verdadeira extensão desta responsabilidade, para trás! Só assim não virá a ser um pigmeu entre gigantes!”

O objetivo do Grêmio

O Grêmio da Cavalaria tem por objetivo proporcionar a oportunidade aos alunos do colégio de conhecer e participar de atividades inerentes a Arma de Cavalaria do Exército Brasileiro, bem como desenvolver atributos que moldem sua personalidade e caráter, contribuindo assim para a formação e a preparação dos jovens alunos para o futuro.

 

Patrono da Cavalaria

Marechal Osorio

 

10 de maio de 1808. Nasce na Vila de Nossa Senhora da Conceição do Arroio, atual Município de Osório (RS), o menino Manuel Luis Osorio.

Filho de estanceiro, aprende desde cedo a dominar como ninguém os animais que lhe servem de montaria. De praça do Exército Imperial aos quinze anos de idade, galga todos os postos da hierarquia militar de sua época, mercê dos atributos de soldado que o consagram como "O Legendário".

Comandante de esquadrões, regimentos e exércitos, em período conturbado de nossa história, participa com brilhantismo das Campanhas da Independência, Cisplatina, de Monte Caseros e da Guerra da Tríplice Aliança.

De seus vários atos de bravura, astúcia e heroísmo destaca-se a atuação como tenente-coronel em Monte Caseros, quando, à frente do 2º Regimento de Cavalaria, na vanguarda das tropas brasileiras, inflige ao inimigo o rompimento do seu dispositivo de defesa e comanda decisivas operações de aproveitamento do êxito e perseguição.

Marechal e marquês, em seu brasão há três estrelas douradas que representam os ferimentos sofridos no rosto durante a cruenta Batalha de Avaí, em dezembro de 1868.

A despeito do reconhecimento que lhe fora dispensado até mesmo pelos inimigos de então e da popularidade que o transformara em mito nos campos de batalha, Osorio expirou em 4 de outubro de 1879 com a mesma simplicidade que o acompanhara durante toda a vida.

Hoje, o Parque Osorio, situado na mesma terra que o viu nascer, acolhe os restos do insigne Patrono da Arma de Cavalaria.

O patrono da Arma de Cavalaria é o Marechal Osorio.

 

 

O que é a CAVALARIA?

Cavalaria é a arma das forças terrestres que, antigamente se destinava ao combate a cavalo, em ações de choque ou de reconhecimento. Historicamente, a cavalaria é a arma mais móvel dos exércitos e a segunda mais antiga.

Hoje em dia, são raros os exércitos que mantém forças de combate a cavalo. No entanto, em muitos deles, por tradição, continua a chamar-se "cavalaria" às forças e unidades que desempenham missões semelhantes às da antiga cavalaria, mas fazendo uso de veículos motorizados, blindados ou helicópteros.

Normalmente, a designação "cavalaria" não se estendia às forças que combatiam montadas em outros animais que não o cavalo, como o camelo ou o elefante. Igualmente, as tropas que se deslocavam a cavalo, mas que desmontavam para combater, eram conhecidas como "dragões", não sendo consideradas parte da cavalaria, senão a partir da segunda metade do século XVII.

Desde os tempos mais remotos que a elevada mobilidade da cavalaria lhe deu uma vantagem como um instrumento multiplicador de forças. Mesmo uma pequena força de cavalaria poderia manobrar de forma a flanquear, evitar, surpreender, retirar e escapar, de acordo com as necessidades do momento. Um homem combatendo montado num cavalo tinha também a vantagem de uma maior altura, velocidade e massa inercial sobre um oponente a pé. Outro elemento da guerra a cavalo era o impacto psicológico que um soldado montado poderia infligir sobre um oponente.

O valor da mobilidade e do choque da cavalaria foi muito apreciado e explorado pelos exércitos da Antigüidade e da Idade Média, muitos dos quais eram constituídos, praticamente, apenas por tropas a cavalo. Isso acontecia especialmente nas sociedades nómades da Ásia que originaram os exércitos mongóis. Na Europa, a cavalaria transformou-se, essencialmente, numa cavalaria pesada constituída por cavaleiros de armadura. Durante o século XVII a cavalaria européia perdeu a maior parte das suas armaduras e, no final do século já só algumas unidades usavam armadura e esta, limitando-se à couraça do peito. A cavalaria tradicional sobreviveu até ao início da guerra de trincheiras na Primeira Guerra Mundial. A maioria das unidades de cavalaria foram então desmontadas e empregues como infantaria na Frente Ocidental. No período entre guerras, muitas unidades de cavalaria, foram motorizadas ou mecanizadas. No entanto, algumas tropas a cavalo ainda combateram durante a Segunda Guerra Mundial sobretudo na União soviética, onde foram usadas tanto pelos Soviéticos como pelos Alemães e seus aliados. Hoje em dia, a maioria das unidades militares a cavalo ainda existentes, são usadas apenas para funções cerimoniais. Existem no entanto, algumas forças de combate a cavalo que atuam como infantaria montada para operar em terrenos de acesso difícil, como florestas densas e montanhas.

 História

Antes da Idade do Bronze, o papel da cavalaria no campo de batalha era, essencialmente, desempenhado pelos carros ligeiros puxados a cavalo. O carro de combate puxado a cavalo teve origem na cultura de Andronovo da Ásia Central e espalhou-se pelos povos nómades ou semi-nómades Indo-Iranianos. O carro foi prontamente adaptado por povos sedentários, tanto como meio de combate como objeto cerimonial símbolo de estatuto, especialmente pelos Egípcios, Assírios e Babilónios.

O poder da mobilidade, dado pelas unidades montadas, cedo foi reconhecido, mas prejudicado pela dificuldade em levantar grandes forças e pela incapacidade dos cavalos - então, a maioria de pequeno porte - em carregar armaduras pesadas. As técnicas de cavalaria foram uma inovação desenvolvida pelos povos nómades eqüestres da Ásia Central e pelas povos pastorícios do atual Irão, como os Pártias e os Sármatas.
Os relevos encontrados, datados de cerca de 860 a.C, representando a cavalaria assíria, mostram-nos que, por esta altura, os cavaleiros não usavam esporas, selas ou estribos. O combate em cima do cavalo seria muito mais difícil do que uma simples cavalgada. Os cavaleiros atuavam aos pares, sendo um deles um arqueiro e o outro, um parceiro que lhe controlava as rédeas do cavalo, enquanto aquele disparava o seu arco. Já nesta época, a cavalaria fazia uso de espadas, escudos e arcos. Evidências posteriores, mostram já o uso de selas primitivas pela cavalaria assíria, permitindo, aos arqueiros, o controle dos seus próprios cavalos.

Heródoto refere que, já em 490 a.C, os Medos criaram uma raça de grandes cavalos, capaz de carregar homens protegidos com armaduras cada vez mais pesadas. Mas os cavalos de grande porte eram ainda uma raridade, por esta altura.

O uso de carros de combate puxados a cavalo estava já obsoleto na altura que os Persas foram derrotados por Alexandre o Grande. Os carros continuaram, no entanto ainda a ser usados por povos menos evoluídos tecnicamente. Por exemplo, os povos do sul da Grã-Betanha ainda enfrentaram a invasão romana, comandada por Júlio César, com carros de combate puxados a cavalo, em 55 e 54 a.C. No entanto, por essa altura, os carros já quase só eram usados em cerimonias ou corridas.
 

Equitação

 

A atividade de equitação tem os seguintes objetivos:

  • Evidenciar e desenvolver os atributos de coragem, autoconfiança e rusticidade;

  • Executar as técnicas básicas de equitação;

  • Participar de cerimoniais hipomóveis e competições de hipismo.


Oração do Cavalariano
 
ORAÇÃO DO CAVALARIANO
"Se ao teu corcel não cedes o lugar
Para de ti depois, então, cuidar
Embora te domine o sofrimento;
Se não te agradas, ao menos um momento,
Com as tradições heráldicas fremir
Das cargas que deixaram de existir;
Se não te orgulhas de empunhar a lança,
Que Osório fez credora de esperança
Na conquista suprema da vitória;
Se não te queres embriagar na glória
De, antes de todos, ir para o inimigo,
Infiltrar-te isolado no perigo,
Reconhecer para informar, cobrir
Retardar, envolver, perseguir;
Se, por estares no motor montado,
Julgas haver-se o velho ardor quebrado
Se rei não és do campo na amplidão,
Se te faltas a coragem de um leão
E o penetrante olhar da águia não tens,
Quando a caminho para luta vens,
Digo-te então:
Erraste a vocação!
Para trás! Chora em vão teu desengano!
Não serás nunca um CAVALARIANO!"
 
 
Ser de Cavalaria
 
  • SER DE CAVALARIA – é mais do que um privilégio. É principalmente, uma pesada responsabilidade. Quem não souber medir a verdadeira extensão desta responsabilidade, para trás! Só assim não virá a ser um pigmeu entre gigantes!
  • SER DE CAVALARIA - é ser diferente com espontaneidade e sem arrogância, com discrição e lealdade.
  • SER DE CAVALARIA – é perseguir um ideal que não se ofusca. Pela glória, o cavalariano peleja, se supera e se sacrifica até chegar, pelo menos, à vizinhança do infinito. Pela tradição ele se molda, se robustece, age e reage, sob a inspiração da perpetuidade, que é o fundamento existencial da Arma.
  • SER DE CAVALARIA – é ser da astúcia, enamorado; da bravura, amante; da audácia, apaixonado.
  • SER DE CAVALARIA – é fazer da renúncia um credo e da resignação um apostolado. A renúncia é a inesgotável fonte de energia que mantém acesa a chama interior do cavalariano. A resignação retempera sua alma, para transmudar espinhos em flores e para vencer o vírus do desestímulo.
  • SER DE CAVALARIA – é amar com exaltação o cavalo, num misto sentimento de amizade e de reconhecimento. Reconhecimento pela sua capacidade de pagar com afeto, o afeto que lhe é dedicado. Reconhecimento pela sua cooperação nas glórias imorredouras da Arma.
  • SER DE CAVALARIA – é prestigiar os blindados e sentir que neles também pulsa um coração cavalariano. A eles caberá nos conduzir na guerra moderna, impulsionado pela chama imortal que arde em nossas entranhas.
  • SER DE CAVALARIA – é, ao mesmo tempo, ser monarca e ser escravo. Monarca dos espaços livres e profundos, de ínvias e ásperas veredas. Escravo penoso do tributo, só comparável à beleza de suas missões clássicas antes, durante e depois da batalha.
  • SER DE CAVALARIA – é, antes de mais nada e apesar de tudo, nascer, viver e morrer SEMPRE DE CAVALARIA!
 De “Carta a um Cadete” – de Luis Felipe Azambuja, Cel Cav.

simbolo cavalaria

 

registrado em:
Fim do conteúdo da página